Uma das práticas esportivas com maior crescimento de popularidade
nos últimos anos se diz respeito aos esportes de cunho aventureiro. Inclusive, há
poucos meses, recebemos a notícia de que seriam incluídos no quadro de esportes
olímpicos alguns esportes dos considerados de aventura, tais como o Surf, a Escalada
e o Skate. Falando um pouco sobre o Skate e seu surgimento, o Skate surgiu na
Califórnia e segundo o site da Confederação Brasileira de Skate (CBSK), chegou
ao Brasil na década de 60, inicialmente no Rio de Janeiro, sendo provavelmente
trazido por norte americanos e/ou pelos poucos brasileiros que viajavam para os
Estados Unidos naquela época, principalmente por quem estava começando a surfar
no Brasil.
Dentre os esportes
contemplados neste “gênero” esportivo, o Skate é um dos esportes que ganhou
grande popularidade em Florianópolis,
principalmente após os destaques do esporte da cidade que surgiram nos cenários
nacionais e internacionais. Dentre os homens, Pedro Barros, o Pedrinho, que
compete na categoria Bowl e ganhou grande notoriedade na mídia após conquistar
diversos campeonatos, sendo apontado como sucessor de Sandro Dias e Bob
Burnquist. Entre as mulheres, podemos destacar Yndiara Asp, a “Yndi”, que
faturou diversos campeonatos também na categoria Bowl, tanto a nível nacional
como mundial, porém sem tanto espaço nas mídias. Essa questão nos faz pensar:
Se se os atletas competem na mesma categoria do esporte e as conquistas são
similares em termos de importância, porque Pedrinho ganhou esta notoriedade
midiática e Yndi não? Seria o fato de ela ser mulher e ele homem? É a questão
que iremos debater ao longo do post.
Olhando
para a gênese do Skate no Brasil, podemos notar que inicialmente, era um “esporte
masculino”, levando em conta que chegou na década de 60 e o primeira
campeonato feminino só veio a acontecer em 1995. É possível observar que a
modalidade tem sido tratada de maneira diferente em relação ao sexo e essas
diferenças ficam evidentes na forma que a mídia aborda o skate feminino e o
masculino, onde, no primeiro, é feita uma abordagem voltada para a exibição dos
corpos, da beleza, da idade, da vida pessoal e deixando como segundo plano e
menos importante a habilidade esportiva. Para os homens a mídia faz uma
abordagem focada na performance esportiva do atleta, mostrando os seus títulos,
manobras feitas e participação nos campeonatos. Isso mostra a visão que ainda
predomina que o skate é uma modalidade esportiva masculina, que o homem ocupa a
posição central, que é compreendida como referencia, e as mulheres, portanto,
ficam à margem.
Links Utilizados
http://www.revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/viewFile/254/369
Autores: Atanael Rodrigues e Eduarda dos Passos Gonçalves
Autores: Atanael Rodrigues e Eduarda dos Passos Gonçalves
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