quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A DISSEMINAÇÃO DO SKATE NO BRASIL E EM FLORIPA: COM OS OLHOS NAS “MINAS”.

  Uma das práticas esportivas com maior crescimento de popularidade nos últimos anos se diz respeito aos esportes de cunho aventureiro. Inclusive, há poucos meses, recebemos a notícia de que seriam incluídos no quadro de esportes olímpicos alguns esportes dos considerados de aventura, tais como o Surf, a Escalada e o Skate. Falando um pouco sobre o Skate e seu surgimento, o Skate surgiu na Califórnia e segundo o site da Confederação Brasileira de Skate (CBSK), chegou ao Brasil na década de 60, inicialmente no Rio de Janeiro, sendo provavelmente trazido por norte americanos e/ou pelos poucos brasileiros que viajavam para os Estados Unidos naquela época, principalmente por quem estava começando a surfar no Brasil. 


Dentre os esportes contemplados neste “gênero” esportivo, o Skate é um dos esportes que ganhou grande popularidade em Florianópolis, principalmente após os destaques do esporte da cidade que surgiram nos cenários nacionais e internacionais. Dentre os homens, Pedro Barros, o Pedrinho, que compete na categoria Bowl e ganhou grande notoriedade na mídia após conquistar diversos campeonatos, sendo apontado como sucessor de Sandro Dias e Bob Burnquist. Entre as mulheres, podemos destacar Yndiara Asp, a “Yndi”, que faturou diversos campeonatos também na categoria Bowl, tanto a nível nacional como mundial, porém sem tanto espaço nas mídias. Essa questão nos faz pensar: Se se os atletas competem na mesma categoria do esporte e as conquistas são similares em termos de importância, porque Pedrinho ganhou esta notoriedade midiática e Yndi não? Seria o fato de ela ser mulher e ele homem? É a questão que iremos debater ao longo do post.
Olhando para a gênese do Skate no Brasil, podemos notar que inicialmente, era um “esporte masculino”, levando em conta que chegou na década de 60 e o primeira campeonato feminino só veio a acontecer em 1995. É possível observar que a modalidade tem sido tratada de maneira diferente em relação ao sexo e essas diferenças ficam evidentes na forma que a mídia aborda o skate feminino e o masculino, onde, no primeiro, é feita uma abordagem voltada para a exibição dos corpos, da beleza, da idade, da vida pessoal e deixando como segundo plano e menos importante a habilidade esportiva. Para os homens a mídia faz uma abordagem focada na performance esportiva do atleta, mostrando os seus títulos, manobras feitas e participação nos campeonatos. Isso mostra a visão que ainda predomina que o skate é uma modalidade esportiva masculina, que o homem ocupa a posição central, que é compreendida como referencia, e as mulheres, portanto, ficam à margem.


Links Utilizados

http://www.revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/viewFile/254/369

Autores: Atanael Rodrigues e Eduarda dos Passos Gonçalves

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