O
Mixed Martial Arts (Artes Marciais Mistas, MMA) surgiu nos anos 90, mas teve
sua origem desde antes de Cristo. No período de 648 a.C era presente o
pancrácio, uma luta popular comum na Grécia que foi incorporada as olimpíadas
antigas. Este estilo de luta era usado por militares de Esparta e o embate
envolvia socos, chutes e estrangulamentos no solo. A vitória era dada para quem
deixasse o oponente inconsciente primeiro.
MMA Feminino |
Apesar
de o MMA ter sua origem no período antes de Cristo, foi somente nos anos 90
que o esporte começou a ser praticado. O MMA tem tradição entre os homens, com
transmissões freqüentes na televisão aberta. Já o MMA feminino somente foi
conhecido em uma luta que ocorreu no UFC 184 em fevereiro de 2015, onde foi
conhecida a campeã da categoria Peso Galo Feminino. Nesta noite, estava
previsto uma luta entre a disputa de cinturão masculina, porém um dos atletas
que iria lutar se machucou dias antes do evento. E, como tal programação
envolve muito dinheiro, o organizador do UFC, Dana Whyte, optou por manter o
evento. Nesse dia teriam outras duas lutas de outras categorias masculinas, uma
luta feminina, e a grande disputa pelo cinturão feminino. Como a luta principal
não iria acontecer, a mídia optou por valorizar a luta de cinturão feminina,
entre Ronda Rousey e Cat Zingano.
Vemos então que o MMA feminino foi valorizado pela ausência da luta principal na categoria masculina. Essa desvalorização da mulher permeia por todo o âmbito das lutas. Uma pesquisa feita pelo site ESPN mostra que Ronda Rousey, a principal lutadora do MMA feminino ganha 10 vezes menos que o principal lutador do MMA masculino, brasileiro Anderson Silva. A busca por patrocínio também é algo que muda entre as categorias de gênero. Além disso, a visibilidade que as mulheres têm no esporte em geral é baixa. E nas lutas e no MMA não é diferente, tendo um valor diferente nas transmissões e um público menor.
A lutadora de MMA, Ronda Rousey. |
Não
bastando essa desvalorização da mulher dentro do mercado e das lutas, vemos
nesse meio uma sexualização do corpo feminino quando, por exemplo, em paralelo ao UFC
acontece a Lingerie Fighting Championship,
onde apenas mulheres competem e todas usam apenas lingeries. Segundo os criadores, a “Lingerie
Fighting Championships Inc. é uma empresa de mídia focada no desenvolvimento,
produção, promoção e distribuição de entretenimento original para o público
maduro.” Porém não é mais cabível a utilização da mulher como objeto, para um
público “maduro”. Maturidade é respeito ao próximo, é respeitar as mulheres do
mesmo modo que os homens, sem sexualização.
Lingerie Fighting Championship |
Elaborado por: Cláudio Fontão e Vivian Souza.
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